Mulheres ao mar!

Portugal está a viver uma revolução feminina nos desportos aquáticos e na luta pelos oceanos.

Nos mares de Portugal, as mulheres estão a mostrar a que vieram. Seja a pegar mais ondas,  a desvendar os mistérios do fundo azul na pesquisa científica ou a liderar projetos de conservação, elas estão, literalmente, a dominar os oceanos.

As ondas já são mais delas há algum tempo – e ninguém pretende largar a prancha: segundo a Federação Portuguesa de Surf, as inscrições em aulas de surf femininas aumentaram mais de 300% desde 2020. 

Além disso, 60% das escolas em Portugal têm agora turmas exclusivas para mulheres (eram apenas 35% em 2019, diz a Associação Portuguesa de Escolas de Surf). É aquela equação que a gente conhece bem: espaço seguro = mais confiança + mais sorrisos!

O mar delas também está sendo dominado pela pesca lúdica. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera é quem nos banca: cerca de 45% das novas licenças de pesca lúdica já são emitidas para as mulheres, um aumento de 30% entre 2023-2024. 

Pelo mar e pela natureza

Com a filosofia de que “as mulheres são cuidadoras por natureza”, a iniciativa Mulheres do Mar, reconhecida pela UNESCO, juntou mais de 600 mulheres que protegem os oceanos em Portugal (e no mundo, claro!). 

Nem todas elas são ‘especialistas’, pesquisadoras ou têm um conhecimento profundo do assunto, mas têm uma visão do mar, da economia azul e da parte social que isso envolve.

Outro projeto que chamou a nossa atenção foi o Guardiãs do Mar, da Ocean Alive, uma ONGD portuguesa dedicada à proteção das florestas marinhas com foco nas mulheres das comunidades piscatórias. Ele envolve ativamente mariscadoras e pescadoras na monitorização e proteção das pradarias marinhas, que são habitats cruciais. 

A própria Ocean Alive é liderada por mulheres apaixonadas pelo mar, e a sua co-fundadora e CEO, Raquel Gaspar, foi vencedora do Prémio Terre de Femmes, da Fundação Yves Rocher, em duas ocasiões: em 2017 e em 2021. 

Marcando território

Praias mais feministas? Bom, a gente sabe que praia deveria ser sinônimo de liberdade para todas nós, mas muitas vezes esse ambiente genuinamente acolhedor é exceção, e não regra. É por isso que diversas praias, rios e lagos na Europa estão criando áreas, eventos ou horários exclusivos só para elas. Sim, ninguém quer expulsar os homens da areia ou da natureza, queremos apenas alguns minutinhos de paz – sem assédio ou julgamento. Justo, não?

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